segunda-feira, 28 de março de 2011

Os jogadores tem cada vez menos amor à camisa e o futebol fica cada vez menos apaixonante.

É impressionante como de uns tempos para cá os jogadores começaram a achar que são maiores que os clubes e que estes o devem toda a gratidão pelo seu esforço extraordinário de exercer uma profissão que a maioria dos homens sonharam seguir quando eram meninos. Três casos curiosos estão em andamento. Três negociações totalmente distintas, mas que no fim... se parecem, em todas elas parece que o mundo da bola está refém de empresários mal intencionados, jogadores mal assessorados e meninos mimados e birrentos.


O mais conhecido e mais clássico é o de Paulo Ganso, um craque sem dúvida, mas que da noite pro dia (como bem trata a reportagem de Placar deste mês) se tornou incontestável e insubistituível. Ganso quer sair do Santos, mas não aceita que o time da Vila queria receber a multa rescisória para isso. Seus empresários, que não estavam nem aí enquanto o departamento médico do Santos suava a camisa para deixar o meia novo em folha, aceitam um aumento de 300% no salário, porém querem diminuir o valor da multa rescisória, estipulada em 50 milhões de euros, que apesar surreal é pouco para o que joga o menino prodígio.

Ganso não lembra, mas quando o "messias" Giovanni o trouxe para a Vila Belmiro ele não era nada. Era apenas mais um garoto, que disputava com outros tanto a chance de ser tornar um jogador de futebol profissional. No CT Rei Pelé, o menino paraense teve tudo do bom e do melhor. Uma das melhores estruturas do futebol nacional, com acompanhamento Médico, Nutricional, Físico e Técnico que o tornaram o que ele é. Não teria se tornado atleta, profissional e não teria uma proposta de R$ 450 mil de salário, que o mesmo ainda pensa em aceitar.

Um outro caso curioso acontece no Santa Cruz e tem seus capitulos finais ainda nesta semana que escrevo esse post. O atacante Gilberto, que por anos teve chances e mais chances no tricolor pernambucano para se tornar jogador profissonal só agora deu certo. Começou bem o ano e fez 9 gols. Alguns tricolores ainda custam a acreditar que é o mesmo Gilberto, porque "aquele outro" era ruim demais. O Santa Cruz quer receber o que tem direito pelo seus direitos federativos, mas o jogador diz "não ter mais cabeça para jogar no Santa Cruz". Como assim? O Santa pagou os salários do cara durante mais de três anos e agora ele não tem mais cabeça pra jogar aqui? Depois que começar a dar frutos o Santa não serve mais? Se alguém acha que ele vale 4 milhões pague e leve. O Santa Cruz, apesar de estar na série D, não é time de empresário e tem advogados competentes. Não vai ser enrolado por jogadorzinho birrento e ingrato.

Finalmente o pequeno Jean Chera. Disse que o Santos não o valorizou e que pedia desculpas a nação Santista que aprendeu a amar. Um pirralho de 15 anos que ganha em um mês o que muitos ganham em 1 ano e recusou o seu primeiro contrato profissional de 24 mil reais. Um projeto de jogador que não fez nada ainda no futebol e já se considera um jogador de primeiro nível e de altos salários.

É realmente o fim da picada. Os jogadores tem cada vez menos amor à camisa e o futebol fica cada vez menos apaixonante.

3 comentários:

  1. Conheço esse rapaz, o Jean Chera. Tem muita influência do Maradona; é só andar na linha que o garoto terá muito sucesso! Agora... Comparar Ganço com Gilberto... kkkkkkkkkkkkkk!!!! O pessoal do blog só pode estar de brincadeira!!!

    ResponderExcluir
  2. Ainda bem que essa comparação não foi feita né?

    ResponderExcluir
  3. Caros amigos, vejam esse vídeo e parem de comparar GANSO com Gilberto, isso é uma pouca vergonha! O Santa Cruz tem seu lugar de cuadjuvante no cenário nacional já consolidado. http://www.youtube.com/watch?v=Uj_TPgzNhOo

    ResponderExcluir