segunda-feira, 9 de maio de 2011

Feliz Ano Novo, mesmo aos maus


Sim, sim, sim, salaBoom!

Sei que já estamos em maio, praticamente o meio do ano, mas venho agora desejar um feliz ano novo a todos. Eu Mario Henrique Oliveira, estou de volta ao Patê de Azeitona após um longo período afastado e prometo não mais abandonar este blog que me trouxe tantas alegrias.

Farei aqui um breve mea-culpa. Este ano começou de forma surpreendente para mim, positivamente falando, e agora não está tão bom quanto imaginava, mas voltei para cá e não deixarei nada me abalar.

Conheci o que é jornalismo, literalmente, passei por duas redações. Vi o lado bom e o lado ruim da profissão, algumas coisas que não acreditava aconteceram.

Comecei o ano sendo contratado para um site sobre carros e automobilismo. Não era exatamente o que procurava, mas aceitei o desafio por achar que estaria mais perto do meu objetivo, o mundo esportivo. Recusei uma proposta de emprego melhor, em uma grande empresa para isso. Redação pequena, apenas eu, ralando muito, e meus dois chefes. Conheci um novo mercado.

Dois meses se passaram. Machuquei o meu pé em um jogo de futebol com os amigos. Não poderia trabalhar durante esse tempo. O local de meu trabalho era no topo de uma ladeira enorme, onde não havia ônibus. Avisei meus chefes, me ofereci para trabalhar em casa durante esse período, me disseram para não me preocupar, que minha saúde era o mais importante.

Achei legal da parte deles. Quando tive condições de voltar, me disseram que já haviam contratado outra pessoa para meu lugar. Isso que dá entrar em um emprego e confiar na palavra. Não havia contrato. Tudo bem. Isso se não estivessem me enrolando até hoje para me pagarem o mês de fevereiro. E o sálario era bem miserável.

Pouco mais de uma semana depois achei que minha recompensa tinha chegado. Fui chamado para trabalhar em uma redação espotiva. Era meu sonho.

Que durou apenas dois meses. Fui demitido com a alegação que meu texto tinha erros de português constatantes que eu não conseguia consertar. Foram me dados toques sobre o uso da crase e vírgula. Sei que a gramática não é meu forte, mas não sou tão ruim assim.

Há duas semanas que ninguém me chamava atenção devido a esses erros. Achei que estava tudo bem. Nenhum aviso me foi dado, ou indicação do que estava por vir.

Lá era onde queria estar. Tomei iniciativa para fazer as coisas. Pelo Pedro, recebi a informação de que o negócio de Gilberto com o Corinthians seria melado. Ele ainda pode vir para o Timão, mas não veio quando anunciado, meus editores acharam que a informação parceia estranha e não deram bola, no dia seguinte veio a confirmação.

Corri atrás de pautas interessantes. Tenho a honra de conhecer Raúl Milliet, sobrinho de João Saldanha. Sugeri uma entrevista com ele sobre um documentário que ele estava resgatando, "As máximas e as expressões do futebol brasileiro". Depoimentos do próprio "João sem medo", Neném Prancha e Gentil Cardoso. Mais uma vez me enrolaram. Dois dias depois, a Sportv entrevistava ele.

Conversei com Carlos Alberto Oliveira, presidente da Federação Pernambucana de Futebol e com Gustavo Dubeux, presidente do Sport, sobre o caso de suborno envolvendo Eduardo Ramos, atleta do Náutico. No dia da minha demissão entrevistei Mauro Galvão, superintedente de futebol do Avaí. Nunca imaginei falar com ele. Ex-zagueiro exemplar, jogou até os 40 anos, defendeu Vasco, Grêmio, Internacional, entre outros clubes. o assunto era sobre a possível ida de Renan ao São Paulo.

Fiz matéria de capa sobre futebol internacional. Nada disso valeu. Às vezes, basta alguém não ir com sua cara para você se dar mal. Recebi apoio de colegas meus, indignados com minha demissão, algo que nunca vou esquecer. Sei do meu potencial e de minhas qualidades, sei também das minhas falhas.

No dia seguinte à minha demissão, o veículo para qual trabalhava estampou em sua capa: Boston vence Celtics na NBA. Erro básico né? Vai entender.

Durante esse tampo, me dediquei de corpo e alma aos meus empregos. Queria mostrar que era capaz depois de passar um ano e meio em uma assessoria de imprensa, lugar em que conheci a minha melhor chefe de minha vida. Jornalista experiente, com passagens em diversos meios de comunicação e que sempre me apoiou, e nunca me disse nada muito grave em ralação aos meus textos.

A vida da voltas. Esqueci deste espaço que me deixava tão feliz. Estou de volta. Mais experiente. Com a mesma vontade de vencer. Sem nenhum rancor. Sou do Patê. Sou Oliveira. Sou azeitona. Sou maior que tudo isso. Conheço agora os caminhos, e prometo fazer deste blog, lugar de informações relevantes, onde não se encontrará em muitos lugares. E mais importante de tudo, aqui vou dizer o que penso. Não vou mascarar nada.

Jornalismo sério é isso. Obrigado Pedroca. Amo vocês.

2 comentários:

  1. O mercado é uma guerra. Alguém deve ter achado que você poderia roubar o espaço. Nunca ouvi falar de vírgula ou crase mais importante do que a informação. Nunca vi ninguém condenar ou menosprezar sugestões de pauta sem, no mínimo, apurar o que está sendo dito. Engraçado porque na Globo, apesar de tudo, a maior empresa de comunicação do país, fui incentivado a sugerir pautas.

    Vida segue e seja bem vindo Oliveira!

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  2. Bola pra frente, Mário! Eu tenho orgulho dos meninos que fazem o Patê! Admiro MUITO o talento de vocês! Nunca deixem de escrever, de se informar e de nos informar. Façam deste espaço essencial para todos. Feliz ano novo e feliz volta ao lar!

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