terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Retratação e constatação

Por Pedro Oliveira


No ano passado escrevi um post sobre os limites entre o engraçado e o ridículo e citei o Pânico na TV como um dos casos em que a essa barreira havia sido ultrapassada. Bom... a verdade é que ainda continuo achando que quadros como o que o Bola leva injeções na sua bunda cabeluda completamente idiotas, mas...

Não posso negar que algumas coisas ainda prestam no bendito semanário da Rede TV, como por exemplo o Ceará (aquele que imita o Silvio Santos). O cara tem uma capacidade de fazer os outros rirem que impressiona. O que me motivou a escrever esse post foi a imitação que ele faz da Marília Gabriela, mais precisamente entrevistando Romário e Ronaldo. Ele conseguiu fazer os próprios colegas de cena gargalharem, o que me lembrou (os da minha idade lembram melhor) o Didi, que surpreendia os outros trapalhões com improvisos de fazer chorar.

Olha o vídeo aí....



Futebol – Eu já to falando do Ronaldinho faz tempo, mas agora o nome dele ta na moda porque ele está quase no nível do Barcelona. Todos só falavam dele quando o cara aparecia numa boate, mas a verdade é que desde as Olimpíadas eu já tinha me convencido que “O Cara” estava motivado a jogar novamente no seu melhor nível. Aí foi só o tempo curar os quilos a mais e o treinador do Milan mudar, que as coisas já começaram a melhorar.

Desde que chegou ao Milan, a partida do último domingo (17) foi a mais impressionante do meia, porém, já faz tempo que ele vem jogando de forma até mais inteligente do que no Barça. No Barcelona ele era um jogador extremamente hábil, veloz e sábio. No Milan, Ronaldinho é ainda mais do que isso. Ele é um líder, um exemplo para os mais novos Borrielo e Pato e uma inspiração para os velhotes Seedorf, Beckham e Pirlo, que ao lado de um gênio jogam não só pelo salário, mas por prazer.

Ele foi escrachado por toda a imprensa, inclusive de seu próprio país. Disseram que ele não voltaria a jogar o que sabe, disseram que não tinha mais motivações, disseram que “aquele” Ronaldinho não voltaria, disseram que ele agora só era craque das danceterias, pagodes e bares da Europa. Mesmo depois de provar o contrário, ele não quis calar ninguém, provar para “fulano” que ainda era bom... disse apenas que agora jogava bem novamente por que se sentia amado. Nada mais poético a ser dito por um verdadeiro artista da bola.

Nenhum comentário:

Postar um comentário