sábado, 6 de novembro de 2010

Consegui!





Depois de muito procurar, um amigo do trabalho conseguiu uma cópia "não autorizada" do documentário South Of Border (Ao Sul da Fronteira) de Oliver Stone. Comentei sobre esse filme há algum tempo aqui no blog e disse que estava ansioso para vê-lo. Em outro post, disse que, às vezes, a expectativa exagerada pode estragar o filme. Pois bem, a ansiedade e a expectativa não tiraram nem de perto o brilho deste longa-metragem sobre os governos de esquerda na américa latina, dirigido por um cineasta dos EUA.

Ao assistir, percebi o porque da dificuldade de se encontrar esse filme, que eu poderia talvez, num ato de pirataria, publicar no youtube em várias partes. A data de estréia do filme (expressa no cartaz acima) foi junho de 2010! Estamos em novembro e ninguém tem acesso a ele aqui? Alguns sortudos de São Paulo podem até ter assistido, mas porque são atentos à programação das salas, porque não houve sequer um mísero comentário dos críticos de cinema no Brasil.

Ao Sul da Fronteira tem como base o presidente venezuelano Hugo Chavez, que foi alvo de um processo de golpe em seu país (já retratado em "A Revolução não será Televisionada") e que é mostrado pela mídia dos EUA como um "inimigo mortal" da democracia. Não quero aqui começar uma discussão política. O objetivo é analisar o filme. Mas é difícil falar de documentário sem se posicionar sobre seu tema, afinal, "É Tudo Verdade".

Oliver Stone conseguiu reunir em um só filme, depoimentos de Chavez, de Evo Morales, do falecido Nestor Kirchner e de Cristina Kirchner, Lula, Rafael Correa (Equador) e Raul Castro. Conseguiu reunir e organizar todas as sonoras de uma forma pedagógica para os que ainda são iludidos pelos meios de comunicação (eu me incluo nestes). O filme é um poderoso "colírio" para abrir e limpar a sujeira dos olhos de muita gente sobre os "ditadores" do nosso continente.

Stone não deixa de mostrar o passado "golpista" de Hugo Chavez, que tentou tomar o poder na Venezuela após um massacre, que vitimou mais de 100 pessoas em uma revolta popular contra o aumento das passagens de ônibus, no governo que o antecedeu. Mas, ao contrário da grande mídia venezuelana, o diretor norte-americano contextualiza aquela tentativa frustrada de golpe para que o espectador tire as suas próprias conclusões.

Enfim, daria para escrever o dia inteiro sobre o filme, mas eu prefiro que vocês assistam... quem não achar (o que não é muito difícil) pode pedir ao Mário ou a mim. Acho que o Mário ainda não viu, mas vou providenciar uma cópia "não autorizada" para ele.

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