segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Breve História de um Carnaval
Estou de volta do meu recesso carnavalesco, ele durou um pouco mais do que imaginava já que eu havia dito que postaria aqui na quinta-feira dia 18, mas tudo bem, aproveitei essa folga para curtir um pouquinho e compartilhar com vocês minhas impressões desse período.
Como disse que faria, assisti um pouco das Olímpiadas de Inverno, e ela começou mal antes mesmo de iniciar oficialmente. Nos treinos antes da cerimônia de abertura tivemos um acidente fatal no luge, esporte altamente perigoso e pouco conhecido aqui no Brasil. O Georgiano Nodar Kumaritashvili morreu após atingir impressionantes 145 Km/hora com o seu trenó e bater a cabeça em um poste de ferro que eu não sei o que fazia por ali. Desde 1992 não havia acidentes fatais no Jogos.
Começamos então as competições em luto. Mas nelas me deparo com grandes, e boas, surpresas. Descobri a patinação de velocidade, esporte pelo qual me encantei e que é ótimo de se assistir. Outros esportes bem legais são o biatlo (corrida na neve e tiro) e as variedades de ski e snowboard.
Mas do que isso, descobri que dois dos cinco brasileiros nas Olímpiadas, Jhonatan Longhi e Maya Harrison, ambos atletas do ski alpino, mal sabem falar português! Foram adotados ainda pequenos por europeus e mesmo assim fazem questão representar a amarelinha! Isso sim, são brasileiros. Descobri que como eles, Florent Amodio, da patinação artística, nasceu no Brasil, mas esse preferiu representar a França, país que o acolheu, não há como culpa-lo por tal atitude.
Os jogos de Vancouver tem sido uma grata surpresa para mim, conseguiu prender minha atenção mais do que imaginava e vou continuar seguindo o que conseguir.
Na TV aberta a Record é quem detêm os direitos de transmissão e por conta disso são obrigados e passar pelo menos 20 horas das Olímpiadas, o que daria pouco mais de uma hora por dia. Isso é pouco e eles até que passam mais do que isso, o problema é como o estão fazendo.
Parece que quando entraram na briga pelos direitos não sabiam que havia uma Olímpiada de Inverno. Suas transmissões nunca começam antes das 23 horas, levaram para lá o Oscar! Tem basquete no gelo por acaso? Pior, levaram também Ana Paula Padrão e Paulo Henrique Amorim, que nunca falaram de esportes antes.
Enquanto isso a Sportv inicia sua cobertura a tarde e apesar de sua âncora ser uma novata, tem uma boa equipe de repórteres e seus comentaristas são especialistas nas modalidades. A diferença é gritante.
No carnaval tivemos também...carnaval. Tanto em São Paulo quanto no Rio tivemos vitórias marcantes nos sambódromos, escolas até certo ponto tradicionais e que não venciam há tempos voltaram a comemorar.
Aqui em São Paulo a Rosas de Ouro voltou a vencer após 15 anos. Sei de conhecimento próprio, a Rosas é sim umas das mais tradicionais aqui na terra da garoa.
No Rio, quem venceu foi a Unidos da Tijuca, que levara o seu último troféu em 1936! A Comissão de Frente deles foi surpreendente e muito bonita.
O resultado indica que não existe, ou pelo menos não mais, um complô que faziam sempre das mesmas campeãs. Era algo que eu não tirava da mente que acontecia. Vitórias merecidas.
A parte triste fica por conta da violência que a Gaviões da Fiel demonstrou após o resultado. Lamentável, parece que não aceitaram ficar atrás da Mancha Verde.
Futebol e Samba sempre tiveram tudo a ver, mas começo a desconfiar da participação de torcidas nessa festa. Quer dizer então que corintiano só pode torcer para a Gaviões e palmeirense para a Mancha? Vai me dizer então que não há torcedores desses times em escolas como a Vai-Vai ou a Águia de Ouro? Nesse quesito o Rio continua dando chocolate em São Paulo. Lá você se identifica com a música, Cartola na Mangueira, Paulinho da Viola na Portela, Neguinho na Beija-Flor.
Vou parando por aqui senão isso não acaba, depois continuo a minha saga carnavalesca com os filmes que assisti no período.
Confiram então os sambas-enredo campeões:
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