sábado, 20 de fevereiro de 2010

Ele vai e o cara não?

Sei que escrevendo sobre futebol estou jogando no lixo todo o discurso que fiz aqui em minha última postagem que falava sobre o monopólio desse esporte e o desconhecimento dos jornalistas "esportivos" sobre outra modalidades, mas, felizmente, estamos em ano de copa e o nosso queridor "professor" não chamou o "cara" e preciso falar mais uma vez sobre isso depois de assistir ao jogo de um de seus substitutos.

Vou tentar não citar nomes (por enquanto) até porque acho que ninguém lembraria deste nome na seleção se não fosse pelo nosso técnico. Assisti a partida dele na última quarta. Uma semifinal decidida, na minha opinião, pela vontade, ou como prefere nosso comandante, pela competitividade. Foi um Davi contra golias, mas no final o jogo terminou igualzinho à lenda, com "mais fraco" vencendo.

Claro que assisti ao jogo como um todo, afinal, não sou técnico da canarinha para observar atentamente à atuações individuais (será que ele faz isso?), mas me chamou muito a atenção o desempenho do substituto, que simplesmente não fez absolutamente nada o jogo inteiro. Não marcou, não desarmou, não atacou, não deu opção e parecia nem querer estar ali, já pensando na África, para onde o cabeça irá levá-lo.

Não estou perseguindo este jogador especificamente, até porque acho que o "cara" poderia ir no lugar de qualquer um dos 23. Só que este indivíduo joga na mesma posição que podem jogar outros seis convocados, que pela quantidade vocês já devem ter percebido a qual posição me refiro.

Apesar de toda a imprensa e grande parte dos torcedores acharem que o professor é coerente nas suas convocações, coisa que concordo em parte, é preciso analisar o que ele falava nas primeiras. Lembram da competitividade, da história nas categorias de base da seleção, do desempenho em seus clubes de origem, do querer jogar na seleção e dos serviços prestados.

Pois bem, vamos analisar então item por item e agora terei que dizer que o tempo do KLEBERSON foi a copa de 2002, em que foi muito bem, como segundo volante, mas que agora não precisamos de tantos volantes assim. O Ramires por exemplo é um jogador parecidíssimo com o KLEBERSON, só que na boa fase. Vamos às comparações utilizando os itens do nosso professor:

Desempenho e Competitividade

Kleberson - Foi reserva em grande parte da campanha do Flamengo no título brasileiro e agora só é titular porque Airton foi embora. Mesmo assim, nunca é destaque do time, nem na armação e nem na marcação. Joga o Carioca.

Ronaldinho - É titular incontestável do Milan, desde a chegada de Leonardo. Mesmo sem manter uma regularidade de atuações espetaculares (o que fazia no Barça) tem sido o maestro do time em jogos importantes e mesmo em derrotas é exaltado pela imprensa mundial. Joga o Italiano e a Liga dos Campeões da Europa.


História nas categorias de base da seleção

Kleberson - Nenhuma.

Ronaldinho - Titular de todas as seleções inferiores.


Serviços prestados

Kleberson - Campeão mundial em 2002.

Ronaldinho - Campeão mundial sub-17 em 1997. Campeão do pré-olímpico e Copa América em 1999. Campeão Mundial em 2002. Campeão da Copa das Confederações em 2005. Medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2008 (mesmo fora de forma porque voltava de grave lesão aceitou comandar o time convocado por DUNGA).

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