O principal motivo para tanto tempo ausente foi que ganhei férias, tanto na faculdade como no trabalho. Adoro escrever, adoro ler, adoro o trabalho que escolhi para mim, mas o ócio é algo que me cativa, adoro ficar sem fazer nada, ainda mais quando sei que mereci por isso, após longa jornada de trabalho e estudos. O ócio é como um vício, quanto mais ocioso você ficar, mais letárgico vai estar, e foi mais ou menos o que ocorreu comigo, me deixei contagiar pelo prazer de não fazer nada e acordar tarde.
Depois me contagiei por Recife, terra de muitos leitores deste blog, minha terra também. Ah, Recife. Ó linda, Maracaípe e Porto de Galinhas. Soneto da Saudade. Quando lá estou tenho a certeza de que em São Paulo nasci por acidente, assim como meus sobrinhos, mas o acidente deles foi logo consertado, o meu não. Recife é a terra de meu pai, de quatro dos meus irmãos, de uma penca de familiares. Quando estou lá, estou em transe.
E foi de lá que assisti em um belo churrasco em família a vitória espanhola sobre a Holanda. Uma nova campeã mundial. Apenas o oitavo país a consiguir tal honra. Klose não passou Ronaldo. Queria muito escrever, Recife não me permitia.
De volta a Sampa, uma semana de saudades antes de começar a rotina de trabalho e estudos novamente. E cá estou escrevendo, porque quando você começa a se movimentar é que pega o embalo para fazer as coisas. Prometo não mais abandonar este blog. Ou pelo menos avisar antecipadamente se por ventura Recife me enebriar novamente.
Então vamos ao primeiro post pós-férias.
O New York Cosmos está de volta. Sim o clube que Pelé encerrou a carreira e que teve em seu plantel na década de 1970 outros craques do escalão de Carlos Alberto Torres e Beckenbauer renasce.
Renasce agora focado nos jovens e na descoberta de novos jogadores. O Rei do futebol é o presidente de honra. É mais uma tentativa de fazer com que a cultura do soccer aumente na terra do Tio Sam após uma boa Copa do Mundo na África.
Mas o "primeiro" Cosmos tinha surgido também com esse objetivo. E contava com Pelé jogando. A liga americana tem buscado há algum tempo medalhões como Beckham e mais recentemente Henry para atrair público. De fato o futebol cresceu por lá, mas tenho minhas dúvidas se estes fatores foram decisivos para isso, tenha visto o próprio fechamento do Cosmos.
A paixão pelo futebol é inerente a existência de craques. Quem gosta de futebol vibra até na várzea. É isso que os americanos precisam descobrir. E talvez até tenham começado a perceber, graças a um jogador que não é nenhum craque, apesar de estar acima da média yankee. Donavan e seu gol aos 47 do segundo tempo que classificou sua seleção para as oitavas de uma Copa.
Como já disse, aquela é a essência do futebol.
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