segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mea-Culpa

Sim eu pequei. Confesso que sou culpado. Culpado por estar ausente deste blog por cerca de um mês, tive minhas razões, mas não sei se elas são suficientes para tamanha ausência, ainda mais levando em conta que tivemos uma final de Copa do Mundo neste período, coisa que só acontece de 4 em 4 anos. É uma falta grande não só para o blog, mas para mim como jornalista principalmente.

O principal motivo para tanto tempo ausente foi que ganhei férias, tanto na faculdade como no trabalho. Adoro escrever, adoro ler, adoro o trabalho que escolhi para mim, mas o ócio é algo que me cativa, adoro ficar sem fazer nada, ainda mais quando sei que mereci por isso, após longa jornada de trabalho e estudos. O ócio é como um vício, quanto mais ocioso você ficar, mais letárgico vai estar, e foi mais ou menos o que ocorreu comigo, me deixei contagiar pelo prazer de não fazer nada e acordar tarde.

Depois me contagiei por Recife, terra de muitos leitores deste blog, minha terra também. Ah, Recife. Ó linda, Maracaípe e Porto de Galinhas. Soneto da Saudade. Quando lá estou tenho a certeza de que em São Paulo nasci por acidente, assim como meus sobrinhos, mas o acidente deles foi logo consertado, o meu não. Recife é a terra de meu pai, de quatro dos meus irmãos, de uma penca de familiares. Quando estou lá, estou em transe.

E foi de lá que assisti em um belo churrasco em família a vitória espanhola sobre a Holanda. Uma nova campeã mundial. Apenas o oitavo país a consiguir tal honra. Klose não passou Ronaldo. Queria muito escrever, Recife não me permitia.

De volta a Sampa, uma semana de saudades antes de começar a rotina de trabalho e estudos novamente. E cá estou escrevendo, porque quando você começa a se movimentar é que pega o embalo para fazer as coisas. Prometo não mais abandonar este blog. Ou pelo menos avisar antecipadamente se por ventura Recife me enebriar novamente.

Então vamos ao primeiro post pós-férias.

O New York Cosmos está de volta. Sim o clube que Pelé encerrou a carreira e que teve em seu plantel na década de 1970 outros craques do escalão de Carlos Alberto Torres e Beckenbauer renasce.


Renasce agora focado nos jovens e na descoberta de novos jogadores. O Rei do futebol é o presidente de honra. É mais uma tentativa de fazer com que a cultura do soccer aumente na terra do Tio Sam após uma boa Copa do Mundo na África.

Mas o "primeiro" Cosmos tinha surgido também com esse objetivo. E contava com Pelé jogando. A liga americana tem buscado há algum tempo medalhões como Beckham e mais recentemente Henry para atrair público. De fato o futebol cresceu por lá, mas tenho minhas dúvidas se estes fatores foram decisivos para isso, tenha visto o próprio fechamento do Cosmos.

A paixão pelo futebol é inerente a existência de craques. Quem gosta de futebol vibra até na várzea. É isso que os americanos precisam descobrir. E talvez até tenham começado a perceber, graças a um jogador que não é nenhum craque, apesar de estar acima da média yankee. Donavan e seu gol aos 47 do segundo tempo que classificou sua seleção para as oitavas de uma Copa.

Como já disse, aquela é a essência do futebol.

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