terça-feira, 30 de março de 2010

Passeio em Sampa


Pedroca está em São Paulo.

O que eu então poderia apresentar de minha cidade a este cidadão? Pensei e repensei no assunto, nunca considerei Sampa como ponto turístico, quando vou a Recife, já estou feliz demais apenas por estar na cidade que tenho como a minha segunda casa, não procuro extravaganzas, nem nada fora da rotina de meus sobrinhos. Aliás, nem quero nada fora da rotina, talvez seja por me considerar em casa estando em Recife, talvez também porque sempre fico hospedado na casa de Pedro e, invariavelmente "toparei" com ele.

Mas acho difícil que Pedro, mesmo sendo paulista e tendo inúmeros parentes aqui em São Paulo, sinta esse, digamos conforto, na cidade. Não que ele tenha algo contra a cidade, mas pura e simplesmente pelo fato de que ele não cresceu passando suas férias por aqui, como eu fiz por lá.

Outro motivo que me levou a procurar algo para fazer é que Pedroca está, por razões óbvias, hospedado na casa de seu pai, ou meu irmão, tanto faz. É que isso quer dizer que não vou me deparar com sua figura todos os dias, continuo tendo que ir a faculdade de manhã e ao trabalho a tarde, então tenho que achar alguma coisa para fazer com meu estimado sobrinho.

Mas o que São Paulo tem a oferecer?

Para quem vive aqui pode ser uma coisa, para quem é de fora pode haver algumas curiosidades, como o Parque do Ibirapuera, um cenário tipicamente paulistano e que muitos passam todos os dias sem se darem conta. Pergunte a algum carioca se ele já foi ao Pão de Açucar? É o chamado programa de turista.

Por isso pensei e pensei. Conhecendo Pedro como eu conheço só me veio um lugar a mente: O Museu do Futebol. Claro, é o lugar ideal.

Esse é um passeio obrigatório para turistas e paulistanos, lugar muito legal onde encontramos jóias raras do nosso esporte bretão. Imagens do Canal 100, dribles de Pelé e Garrincha, goleiros espetaculares, a história das Copas, é possível até ouvir uma narração de jogo via rádio da década de 40. São preciosidades.

Lá fui eu então ligar para Pedro e combinar de irmos ao museu na quarta-feira, eu iria pedir uma folga no trabalho só para isso. Liguei. E ele me disse que estava indo para lá hoje, porque outra coisa não tinha para fazer. Até ele já tinha pensado nesse passeio. Ingrato. Ainda me disse para pensar em alguma coisa para a quarta.

E cá estou eu novamente, a pensar em um passeio por Sampa.

sexta-feira, 26 de março de 2010

A Torcida Sorri


No início do blog eu comentava sobre duas torcidas. A primeira foi logo frustrada quando Ana Marcela deixou o BBB10 apenas duas semanas depois de o jogo ter começado. Mas a segunda é mais feliz, principalmente por se tratar de um jogo que muitos davam como perdido, a luta de Cabañas pela vida.

O melhor jogador paraguaio da atualidade foi baleado na cabeça, em um bar na Cidade do México, local onde defende o América, há apenas dois meses!

Durante esse tempo, o atacante lutou pela vida, ficou em coma, ficou na UTI, começou aos poucos a se movimentar, a falar, a reconhecer as pessoas, era, e ainda, é uma batalha lenta e diária.

Depois de acordado, Cabañas vem tendo uma recuperação fantástica, para não dizer milagrosa. Há pouco tempo deu sua primeira entrevista, claro, não se lembra de nada do ocorrido e jogou um pouco de pingue-pongue.

Foi agora se tratar em uma clínica na Argentina, no mesmo lugar onde o zagueiro argentino Caceres se recuperou há pouco tempo, logo após sofrer com um drama parecido.

O espantoso foi ver Cabañas, mesmo ainda com os movimentos um pouco lentos, bater uma bolinha esta semana. Para quem nem saberia se iria viver, Cabañas disse que espera estar na Copa do Mundo da África.

Quem irá duvidar dele agora?

Não à toa seu primeiro nome é Salvador.

O mundo bola espera por ele.


quinta-feira, 25 de março de 2010

Estréia

Depois de algum tempo tentando, finalmente consegui publicar meu primeiro video no youtube. Já tinha mostrado o Futebol Participativo lá no outro endereço, mas como agora ele está finalmente no maior site de videos do mundo peço licença para repetir a dose.

terça-feira, 23 de março de 2010

Os Informantes


Minha coluna sobre cinema é hoje também um jogo de palavras.

Antes de começa-la porém, queria deixar apenas o meu aviso sobre um outro filme.

Finalmente consegui assistir o vencedor do Oscar "Guerra ao Terror".

Fiquei pensando porque criei tanta espectativa em um filme.

É um bom filme e é bem feito. Nada além. Faço das palavras de Pedroca as minhas a respeito do grande vencedor do Oscar no ano. De nada adiantaria prolongar-me.

Agora volto ao tema central de minha coluna. É engraçado observar às vezes o que os tradutores fazem com o título de um filme. Tem cada um, que se você observar o título original fica imaginando de que raios de lugar alguém pode ter tirado o nome em português. Daria um post inteiro para comentar sobre o assunto.

O caso é que em relação a esses dois filmes que escrevo hoje, os tradutores não foram culpados em nada, não empregaram um nome que em nada remete ao original, mas é no mínimo curioso.

O fato é que Matt Damon estrela o filme "The Informant!", nada mais natural que traduzi-lo para "O Informante".

Acontece que no Brasil esse título já existia, era a tradução para o bom filme "The Insider" estrelado por Al Pacino e Russel Crowe. Aqui não fica caracterizado erro algum, insider é uma palavra que não tem tradução livre para o português, quer dizer pessoa bem informada, íntimo, nomes que soariam estranho por aqui. "O Informante" foi bem escolhido.

O que fazer com o filme de Matt Damon então? Talvez por sorte, ele representa um cara um tanto atrapalhado na sua missão de passar informações ao FBI. Que nome melhor que "O Desinformante" então? Boa escolha.

Ambas são baseadas em fatos reais, só para aumentar ainda mais as coincidências.

Matt Damon encarna o homem que já foi o mais alto executivo de uma grande empresa a ser informante do FBI. Acontece que ele acaba falando mais do que devia, se enrolando todo e ai você vai ver o que acontece, é um filme muito bom, que tem ares ainda mais engraçados quando Matt resolve dialogar com seus pensamentos.

A produção de Al Pacino é de 1999, ou seja, mostra um Russel Crowe ainda desconhecido, antes de "Gladiador". São duas grandes atuações. Aqui o papel de informante é de Russel, mas Al Pacino não é um policial, mas sim um jornalista, editor do famoso programa americano 60 minutes, que pretende entrevistar Crowe e escancarar um grande esquema da indústria tabagista.

Não importa com qual informante você ficar, vai fazer uma boa escolha.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Um Gênio

Está chegando um momento em que divido minhas atenções entre o blog, que se pudesse ficaria apenas com ele, o trabalho e a faculdade. Não tem jeito, uma coisa ou outra acaba passando desapercebida por mim.

Na tentativa de me redimir um pouquinho, deixo agora postado um vídeo do genial B.B. King.

O pai do blues, tocou esta sexta-feira, dia 19 aqui em São Paulo. Mesmo com 84 anos ele ainda mostrou uma bela desenvoltura. Para vocês não ficarem chateados que nada comentei sobre o assunto, aqui vai um trecho do show.

Enjoy the Blues.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Questão de Justiça



As injustiças no futebol são muito comuns. Ontem, no estádio do Arruda, pude presenciar mais uma das grandes. Seria injustiça minha não dar méritos ao goleiro Jefferson e portanto ao próprio Botafogo, mas não posso ser injusto com o Santa, que dominou completamente a partida e só não venceu porque foi afobado nas finalizações. Para ninguém reclamar que foi injustiçado, retiro os diversos xingamentos que fiz ao meia Elvis, de cabeça quente, por ele ter perdido o penalti. Revendo os melhores momentos do jogo, agora mais calmo, cheguei a conclusão de que ele foi o melhor em campo.

Os mais de 30 mil tricolores que foram ao estádio no horário da TV, que não se preocupa com os horários de ninguém, viram um time que honrou as tradições do Santa Cruz, porque provou que contra qualquer adversário, quem age dentro do Arruda é o dono da casa. Mesmo com a derrota o time foi aplaudido porque não deixou o alvinegro carioca jogar e pressionou os 89 minutos e 10 segundos... isso mesmo. O Botafogo conseguiu jogar 50 segundos e fez um gol, depois de um escanteio que nem era pra ser escanteio, ou seja, uma tremenda sorte.

Cinema - Fui assistir ao vencedor do Oscar de melhor filme, o Guerra ao Terror. Para mim, nada além de um bom filme. Em alguns momentos achei-o até um pouco massante. Sinceramente não entendi porque os americanos não quiseram patrocinar o filme. Quando soube que a diretora teve que buscar recursos em outros países achei que o filme falaria do controle do petróleo, dos massacres aos civis iraquianos, do abuso do poder por parte dos soldados, enfim... É um filme de guerra, em que morrem alguns soldados e que os estadunidenses (não norte-americanos, para não envolver os canadenses) são os grandes heróis que estão ali para salvar a "democracia". O aspecto mais interessante do filme é a humanização do soldado, que não é uma máquina, que tem medo de morrer e que quer voltar para casa, a não ser que fique louco com todo o surrealismo de uma guerra. Isso é legal.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Dois dos Melhores



Ontem estive no lançamento destes dois livros.

Saí de lá feliz. Com duas ótimas leituras pela frente.

Ainda vi de perto Joelmir Beting, um monstro do jornalismo, Antero Greco, Carlos Cereto, Marilia Ruiz e Renato Peters, este aliás, estava atrás de mim na grande fila que se formou para pegar os autógrafos dos autores.

Nunca fui de ficar babando ovo de jogador ou artista, eles como todos os profissionais tem seus momentos de folga, e estes devem ser respeitados. Mas confesso que no meio dos jornalistas, profissão que escolhi para ser a minha, com um deles bem ao meu lado na fila, fiquei com um pouco de vontade de tietar.

Mas guardei a vontade para os autores, afinal estes não estavam ali a passeio e já tinha visto uma cena que fez me resguardar um pouco, um jovem aspirante a jornalista só faltou se ajoelhar aos pés de outro e pedir um emprego. Parece que achava que era só chegar em alguém, trocar uma ideia e que o sujeito que nunca o tinha visto antes, muito menos lido alguma coisa sua, iria lhe agraciar com uma oportunidade.

Quando chegou minha vez, confesso que até deu um "friozinho na barriga", cumprimentei os autores, ambos foram muito simpáticos, assinaram uma dedicatória nos meus livros, ainda deu tempo de falar ao Milton Leite que ainda iria trabalhar com ele e mostrar aquele livro assinado e confessar ao Mauro Beting, após este perguntar para qual time eu torcia, que era dele, um palmeirense, o texto que mais me emocionou sobre o Corinthians e ele perguntou, "o do acesso ou o dos 5.000 jogos?" eu timidamente respondi que os dois.

Estar lá, sentir aquele clima, só me fez ter mais certeza do que eu quero.

E mesmo que Mauro Beting não tenha reparado que eu estava com um boné do Corinthians (e ele educadamente se desculpou por isso, "ó, nem tinha reparado", Renato Peters ainda lhe disse que eu havia me comportado de forma exemplar na fila, já que na minha frente estava um palmeirense, típica piada do corintiano maloqueiro), considero ele e Milton Leite dois dos melhores no meio esportivo.

Milton é talvez o melhor narrador da atualidade, seus clássicos "a batiiiida" e "o tiiiiiro", além des suas imitações dos jogadores reclamando com o juiz, conversando com o companheiro, tornam seus jogos ímpares.

Beting não tem nem o que falar, o seu texto do Corinthians que me emocionou (foi o do jogo 5.000) é pouco para descreve-lo. É um dos poucos jornalistas a assumirem o seu time publicamente e ninguém nunca ter tido motivo algum para dizer que defende este ou aquele. Ele, Juca Kfouri, PVC e José Trajano, mesmo torcendo para o pequeno América-RJ, são outros exemplos disso, o que o tornam o Top do Top para a minha humilde opinião.

Por isso recomendo aqui a leitura destes dois livros, eles trazem todos os detalhes sobre as seleções que encantaram o mundo. Comecei lendo o livro do Mauro pelo simples motivo de que considero a Hungria-54 e a Holanda-74 como as duas maiores injustiças do futebol, mas é também por isso que é o esporte que apaixona.

Não é preciso moderação para apreciar essas duas obras, apenas paixão.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Foi Dada a Largada




Neste final de semana tivemos o ínicio das temporadas mais importantes do automobilismo. Fórmula Indy e Fórmula 1 começaram sem muitas novidades.

Cada uma em seu aspecto é claro.

Porque do resultado da Indy pouco posso falar. Primeiro porque pouco conheço a categoria americana, não sei que equipe é boa e qual é coadjuvante. Não sei quem é Ferrari, muito menos quem é Force India. Entre os pilotos, apenas os nomes de Tony Kanaam e Hélio Castroneves não me soam estranhos, então fica difícil fazer qualquer análise mais aprofundada.

Porém, considero que faço parte de uma gama de pessoas que mesmo sem muito conhecimento da categoria, ficou curiosa em saber mais coisas sobre a corrida.

Devo fazer parte também de um outro leque de pessoas, que, ao se informar um pouco mais, já vislumbrava o que poderia acontecer.

E o imaginado se tornou realidade.

Corrida de rua em São Paulo, passando pela marginal e pelo sambódromo em pleno mês de março? Acho que os organizadores não se informaram direito.

É claro que a possibilidade de chuva era imensa. É claro que a passarela do samba não era pista de corrida.

Nos treinos classificatórios a reclamação já era geral. A reta do sambódromo era um sabão. Quem conhece São Paulo sabe que aquilo ali não serve para correr nem de patinete.

Resultado: Treino para o grid de largada adiado para domingo de manhã com a corrida a tarde e muito trabalho durante a noite e madrugada para asfaltar a reta tão questionada.

Na corrida, a chuva veio e enormes poças se formaram. A prova teve que ser interrompida por falta de condições. Nunca tinha visto algo parecido antes, teve até piloto aproveitando para ir ao banheiro nesse intervalo.

A prova foi retomada. Quando se tinha uma vista aérea da reta na marginal, podia-se ver ao lado, caminhões anda um pouco mais lentos que os corredores.

Por fim, a prova terminou sem que as 75 voltas previstas fossem cumpridas. O tempo limite de prova simplesmente acabou.

E mesmo que grande parte da culpa desses inúmeros erros tenham sido do projetista neozelandês Tony Cotman, que achou que conseguiria transformar uma parte de São Paulo em um circuito de corrida em três meses e ainda ignorou conselhos da Confederação Brasileira de Automobilismo sobre a reta do sambódromo, a imagem da cidade é talvez a que tenha se manchado mais.

E ainda temos 4 anos de contrato. Que o planejamento seja feito antecipadamente da próxima vez.

Ah sim, Vitor Meira ficou em terceiro e foi o melhor brasileiro na prova vencida pelo australiano Will Power. O que isso quer dizer é que eu não sei.



Enquanto isso na Fórmula 1...

Ficou evidente porque é a principal categoria do automobilismo mundial. É outro nível.

As curiosidades ficavam em torno das novas escuderias, da volta de Schumi e se as grandes voltariam a ser grandes, mostrando que o ano passado foi obra do acaso.

A Lotus foi a única escuderia nova que completou a prova, o que significa que os brasileiros estreantes, Lucas di Grasi e Bruno Senna, não chegaram ao fim do GP.

Schumi, ainda se readptando ao cockpit e com um carro que não é top de linha, chegou em 6° a frente do atual campeão e agora dirigindo uma Mclaren. Jenson Button. Mesmo assim, ficou atrás do seu companheiro de equipe, o novato Nico Rosberg chegou em 5°. Mas acho que Schumi ainda dará muitas legraias aos fãs da velocidade.

As grandes voltaram a ser grandes. No pódio estavam duas Ferraris e uma Mclaren, mas elas continuaram a ter a companhia de outra surpresa do ano passado, a Red Bull.

A equipe da bebida energética fez a pole com Vettel, que só não ganhou a corrida porque o carro apresentou problemas na parte final da prova, permitindo Alonso, Massa e Hamilton o passarem sem maiores dificuldades.

Felipe Massa percebeu logo na primeira curva que agora tem um companheiro qualificado. Alonso o ultrapassou e não mais perdeu a posição. Vale lembrar que as paradas nesse ano se limitam a troca de pneus, reabastecimento está proibido.

Massa vai ter que correr muito se quiser superar Alonso, ele não é bicampeão à toa. E se, no seu último ano de contrato, ele cumprir o que falar e não renovar se a condição for ser escudeiro do espanhol, vai ter que correr ainda mais, senão vai voltar para as equipes médias sem ter conseguido virar campeão.

Parecido com o que aconteceu a Rubens Barrichelo, que estreou na Willams, chegou em 10° e com o novo sistema de pontuação conseguiu arrancar um pontinho...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Um Dia Triste

Hoje é um dia triste.

Logo de manhã recebemos a notícia que o cartunista Glauco e seu filho Raoni foram assassinados em sua residência, em Osasco, na Grande São Paulo.

Curiosamente Glauco morava perto do mato, afastado de São Paulo, entre outros motivos para ter paz. A diferença entre cidade grande e mato ele passava atualmente na Folha de São Paulo através do desenho do Cacique Jaraguá, nome do Parque Estadual que fica ao lado de sua casa.

Versões já apareceram três. Pouco importa. Importa é pegar o safado que fez isso.

Eu cresci lendo suas tiras. Desenho genial. Los 3 Amigos agora são dois.

Não acredito que não verei mais Geraldão, Geraldinho, Casal Neuras, Dona Marta, Doy Jorge e até o trombadinha Faquinha.

Às vezes a vida nos dá um soco na boca do estômago. Vão em paz.

















quinta-feira, 11 de março de 2010

Alguém já Ganhou um Presente de uma Ex-mulher?




A cerimônia do Oscar foi realizada no último domingo, dia 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher. E não é errado dizer que foi uma mulher a maior vencedora da noite.

"Avatar" e "Guerra ao Terror" lideravam o número de indicações com nove cada um, incluindo nessa lista os cobiçados prêmios de melhor filme e melhor direção.

Nesta última categoria, nunca antes uma mulher havia ganho o prêmio, mas alguém ai já viu mulher presentear ex-marido? Não seria diferente então em uma noite de gala.

Kathryn Bigelow venceu o seu ex-marido, James Cameron, nas duas principais categorias. Mais do isso, seu filme "Guerra ao Terror" levou seis das nove estatuetas que concorria, enquanto "Avatar", filme de seu ex-parceiro ficou com apenas três, todas fruto das superprodução que foi o filme.



"Guerra ao Terror", além de melhor filme e melhor direção, ficou com os prêmios de Melhor Roteiro Original, Melhor Edição, Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição de Som. Enquanto isso "Avatar" faturava em Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia e Melhores Efeitos Visuais.

Nada mais original, ou vingativo, para o dia da mulher.

Nas outras categorias, Sandra Bullock finalmente venceu um Oscar, foi na categoria de melhor atriz pelo filme "Um Sonho Possível", isso apenas um dia depois de faturar a Framboesa de Ouro como pior atriz pelo filme "Maluca Paixão". Sandra, esteve presente nas duas cerimônias, recebeu a Framboesa na maior esportiva e o Oscar com uma surpresa...

Jeff Bridges ganhou o prêmio de Melhor Ator por sua atuação em "Coração Louco", filme não muito bem comentado pela crítica, que mesmo assim aprovaram o vencedor, vai entender né?

Nas categorias de Melhor Ator e Atriz Coadjuvantes, venceram Christoph Waltz por "Bastardos Inglórios" e Mo'Nique por "Preciosa" respectivamente. "Preciosa" ainda levou na categoria Melhor Roteiro Adaptado, enquanto o ótimo filme de Tarantino teve de se contentar com a única estatueta obtida por Waltz.

Melhor Maquiagem ficou com "Star Trek" e Melhor Figurino com "The Young Victoria", esse foi o terceiro Oscar do figurinista Sandy Powell.

"Up-Altas Aventuras" levou, como já era de se esperar, a categoria de Melhor Animação, mas além disso levou em Melhor Trilha Sonora. O filme realmente merece.

Quem comemora também são os nossos hermanos argentinos, eles levaram o Oscar pela segunda vez na categoria Melhor Filme Estrangeiro, dessa vez com "O Segredo de Seus Olhos", desbancando o que antes era considerado favorito "A Fita Branca". Quando é que os brasileiros vão aprender? Nesse quesito eles levam vantagem.

Mas no que nós, brasileiros levamos, eles argentinos, tem agora motivos para acreditar e diminuir a diferença em relação a nosotros. Explico.

Para quem acredita em superstição, na primeira vez que eles levaram um Oscar, levaram também, no mesmo ano, a Copa do Mundo. Foi em 1986. Alguém acredita que isso posa acontecer novamente?

quarta-feira, 10 de março de 2010

É a Marvada


Pensando no alvoroço causado por Adriano na imprensa essa semana, resolvi escrever esse post.

Tentarei ser direto e reto, deixar minhas opiniões sem muitas firulas, afinal não sou Ronaldinho Gaúcho, mas nem por isso vou à Copa. Essa é também uma tentativa de mudança no meu estilo literário, quero deixar o espaço aqui mais dinâmico e creio que minhas postagens estavam muitas vezes, extensas demais.

É fato notório a briga, já resolvida, entre Adriano e sua noiva em uma favela carioca. Ela chegou até a danificar carros de alguns colegas de Flamengo do Imperador.

É fato notório também que Adriano sempre gostou de suas festinhas e de uma cervejinha.

Mas agora em vésperas de Copa do Mundo, como é que a coisa fica? É o que todos querem saber.

Porque o que ninguém sabe é o que se passa na cabeça do técnico Dunga, tão dura ela é.

Pelo futebol o Imperador merece ir à Africa, tem correspondido quando entra. Para mim, só não vai se estiver realmente fora de forma, ostentando 107 Kg, como alguns veículos andam dizendo.

A questão passa a ser então o tal do comprometimento com a seleção, fator mais alegado por Dunga para justificar algumas de suas convocações em detrimento a de Ronaldinho Gaúcho, ambora não cite especificamente o nome do milanista.

Dunga disse que não quer a farra e os erros de 2006. É ai que o técnico brasileiro falha. Porque se esse incidente custar a Adriano sua vaga na Copa, ele deveria cortar Robinho também, já que há pouco mais de um ano ele estava sendo alvo de um escândalo sexual na Inglaterra, ou só porque é ano de Copa não pode? Vai saber.

Outro problema que surge é o do alcoolismo. Gilmar Rinaldi, procurador do atleta, garantiu em entrevista ao programa "Bem Amigos", que foram feitos exames em sua época de São Paulo que garantiam que Adriano não era dependente químico. Ele só gosta muito, mas consegue viver sem.

O que Dunga fará ainda é um mistério.

Isso tudo, porque com o epísódio me lembrei de outro grande jogador (esse na verdade um monstro) que gostava muito de uma caninha, Garrincha, mas este sim, era alcoolátra, bebia tanto que seu organismo chegou a um ponto que não se tratava mas de um mero capricho, mas de necessidade, se tremia todo quando não ingeria um gorózinho.

O caso Adriano veio à tona justamente quando eu terminava de ler a biografia do anjo das pernas tortas. E se ele não será um Garrincha nos gramados, que não se torne um fora deles também.

Porque todo mundo sabia que Garrincha era gente boa, humilde e de bom coração. Mas nada disso impediu que ele se entregasse a bebida. A diferença é que naquela época não se sabia que o alcoolismo era uma doença, aliás nem se sabia de alcoolismo, achava-se apenas que o cara era safado porque bebia muito. Hoje se sabe o que é, e se o Imperador não se cuidar pode muito bem seguir nesse caminho.

Fica então a recomendação desse livro "Estrela Solitária: Um Brasileiro Chamado Garrincha", que dismistifica diversos mitos acerca do dono da Copa de 62, mostra Garrincha na íntegra, toda sua carreira, suas mulheres, sua cidade, sua infância, seus amigos, sua Elza e mostra também o que é que a marvada pode fazer com uma pessoa.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia da Mulher

Hoje é o Dia Internacional da Mulher, e felizmente encontramos cada vez mais mulheres trabalhando em ambientes antes restrito aos homens. O mais novo exemplo dessa ocupação feminina é o automobilismo. Neste fim de semana teremos pela primeira vez no Brasil uma edição da Fórmula Indy, e no circuito de rua de São Paulo poderemos ver a brasileira Bia Figueiredo e a americana Danica Patrick entre os corredores. Será que um dia teremos uma mulher na F-1? É só esperar para ver.

Mas não vou falar muito hoje, meu post é mais uma homenagem às mulheres e seu dia. Mais do que isso, é uma homenagem as duas mulheres da minha vida, minha mãe e minha namorada, que por coincidência também faz aniversário hoje.

Então vou deixar umas músiquinhas que elas gostam de ouvir. Parabéns a vocês!






sexta-feira, 5 de março de 2010

Surpresa...É Cinema!



Sei que ainda estou devendo uma postagem sobre a minha ida ao teatro no carnaval. É que pensei bem e decidi escrever sobre a peça na coluna de cinema, por uma simples razão: a encenação também tem a sua versão filmada. Como já havia escrito sobre os filmes da semana, decidi deixar para a próxima postagem.

Então. Fui assistir a "Hairspray". Não tinha muita intenção de faze-lo, mas como meu sobrinho manco-sem-dedo favorito estava em São Paulo, e assim como a minha, sua namorada queria assistir a peça, fomos os quatro ao novissímo teatro do Bourbon Shopping.

Confesso que nunca fui muito fã de musicais, já estava preparado para o pior. Não conseguia imaginar uma trama, onde de repente os personagens começam a cantarolar, fora a dificuldade de se achar bons atores que também saibam fazer bom uso de sua voz.

Mas se depender de "Hairspray" vou assistir a outros musicais, ele é contagiante e engraçado. Mesmo de longe (também quem manda comprar o ingresso mais barato da peça) tive boas surpresas. A melhor delas foi sem dúvida a desconhecida Simone Gutierrez, que está no papel principal, ela dançando e cantando é coisa mais engraçada do mundo. Arlete Salles ao vivo é melhor ainda. Jonatas Faro cumpre muito bem o seu papel de galã. O núcleo negro é fantástico, cheio de swing. Edson Celulari, que vive a mãe da protagonista, função que coube a John Travolta no cinema, é quem decepciona, não tem voz e nem desenvoltura para se fazer passar por uma mulher. Quem está no papel de seu marido também dá show, mas vou ficar devendo o nome do ator infelizmente.

A história é bem simples. Se passa em Baltimore (EUA) dos anos 60, época de segregação racial e mostra a história de uma gordinha querendo virar uma famosa dançarina de um programa de TV popular, no trajeto para isso, encara o preconceito, se junta aos negros e música rola solta.

Vale a ida ao teatro (se saiu do Rio, deve também sair de São Paulo e ir em breve para outros destinos, porque se trata de uma super-produção), mas além disso, instiga a assistir a versão americana.


Que não se esqueçam que nesse domingo tem a cerimônia do Oscar 2010. inda não consegui ver "Guerra ao Terror", espero que faça isso antes de domingo, mas como preparação fui assistir a outro indicado na categoria Melhor Filme.

"Um Homem Sério" é mais uma produção dos aclamados diretores de "Queime depois de Ler", os irmãos Joel e Ethan Coen. Os filmes podem até ser comparados, são de um humor sutil mas muito bom. Talvez por isso algumas pessoas podem ficar com a sensação de que ao final do filme, ficou faltando alguma coisa.

O filme é a história, ou melhor, a saga de uma família judaica americana e gira em torno do pai, Larry Gopnick.

Larry é um professor de Fisíca que assiste calmamente o seu mundo desabar lentamente, chega a dar uma agonia de ver as coisas acontecendo e ele não fazendo nada, parece que eles espera as coisas se encaixarem naturalmente, o que não ocorre.

Situações como a de sua mulher te trocar por um cara que ainda tenta ser seu amigo e a todo instante diz "as coisa vão ficar boas", ou então a de seus filhos adolescentes, o menino que só fala com ele para pedir que ajeite a antena da TV e a filha louca para fazer uma plástica as escondidas e que para isso vive roubando sua carteira, são de deixar qualquer um maluco, mas Larry continua mantendo a sua pose de homem sério, tranquilo.

No máximo o que ele faz é ir atrás de conselhos dos rabinos, só esses diálogos já valem o filme.

Filme altamente recomendável, que ao contrário de "Onde os Fracos não Tem Vez" não deve garantir nenhuma estatueta aos seus diretores, mas garante boas risadas. Semana que vem escreverei sobre a cerimônia da acadêmia.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Mudança


É impressionante como mudam nossos gostos, principalmente com relação à música. Tenho dois amigos que estão indo para o show do Nofx em Fortaleza nesse fim de semana e para isso terão que pagar passagem de avião, hospedagem e ingresso, que por sinal estava muito barato quando eles adquiriram: R$ 60,00. Depois o Mário me diz quanto vai estar em sampa.

A questão é que se esse show fosse há uns cinco anos atrás eu já estaria com minhas malas prontas sem ligar para quanto ia custar. É estranho, mas não senti a mínima vontade de ir. Não estou aqui dizendo que o Nofx é ruim, muito pelo contrário, mas não mais me faz "arrepiar". Isso mesmo. Pelo menos é assim comigo. Quando gosto muito do som que escuto chego a sentir, no sentido de tato mesmo, a música. Tem um amigo meu, o Ogro, que disse ter ido a um show de Blues que não parava de se arrepiar a todo instante. hehehe. Ele é um louco mais eu não duvido que isso possa acontecer em uma apresentação com excelentes músicos.

Os gostos musicais mudam mesmo e pra valer. Você não deixa de curtir o que gostava, mas como prefere outro som "muito mais" passa a deixar de lado os antigos. Se não você escutaria sempre o mesmo CD não é? As vezes até compro uns CDs bem antigos em promoção nas Lojas Americanas mas não sei nem pra que. Alguns deles nem saíram da caixa ainda.

Também não quer dizer que música antiga não possa soar nova aos nossos ouvidos, afinal, podemos deixar de lado e depois passar a curtir muito... de novo. Lembro que lá no outro endereço escrevi sobre a banda Transmissor, de Minas, que hoje nem escuto mais. Passei a escutar o velho e bom CD Quanta, do Gilberto Gil, e o gringo John Mayer, que não é parente do Zé.

Deixem suas opiniões, por mais diferentes que sejam da minha, afinal isso é um espaço de debate.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Por falar em França



Aproveitando não a temática mais o país. Li agora uma matéria sobre a "estranha" copa de 1998, em que o Petit, aquele que fez o último gol de nossa derrota na final, diz ter sido mais jogador do que Zidane naquela competição. A manchete me pareceu ridícula no ESPN.com.br, tanto que cliquei no link procurando algo para rir.

Bom, o fato é que Petit não chega nem aos pés do Zizu, porém, ele fez declarações interessantes e levanta novamente a polêmica sobre aquela final. Segundo ele, a Adidas era a patrocinadora do mundial, vencida por uma seleção que vestia Adidas contra uma da Nike. Eu pergunto... existe melhor marketing para a empresa do que vencer sua maior rival? Ele também falou sobre resultados encomendados na França e que companheiros seus sabiam e faziam este tipo de sujeira.

Não quero chorar o leite derramado, mas quando surgem novas informações ficamos sempre atentos. Casando isso com uma entrevista do Zagallo dizendo que "se eu não escalasse o Ronaldo e perdesse, a culpa era minha", atestando sua covardia, aquela final fica ainda mais entalada não?

Por falar nisso... não me desce o "cara" ser preterido para entrada de Carlos Eduardo. Quem é esse Dunga? O que ele fez pela seleção? O que ele fez pelo clube dele? Confesso que perdi as esperanças...

Ah sim... o link da matéria:

www.espnbrasil.terra.com.br/revistaespn/noticia/105913_EU+PODERIA+TER+SIDO+ELEITO+O+MELHOR+DA+COPA+DE+1998+AFIRMA+PETIT

Grafite à francesa

Deixo postado agora uma entrevista do meu amigo, meu irmão Tutu. Ela foi concedida à Chris Almeida, colaboradora do site de cultura urbana NOIZ.

Tutu mora há dois anos em Paris, onde foi estudar cinema na conceituada universidade de Sobornne. Na entrevista ele conta um pouco de como começou no grafite, ele assina Subtu, e sobre as diferenças do movimento na França em relação ao Brasil, além claro, de mostrar um pouco do seu trabalho.

Salve Parceiro!