terça-feira, 23 de março de 2010

Os Informantes


Minha coluna sobre cinema é hoje também um jogo de palavras.

Antes de começa-la porém, queria deixar apenas o meu aviso sobre um outro filme.

Finalmente consegui assistir o vencedor do Oscar "Guerra ao Terror".

Fiquei pensando porque criei tanta espectativa em um filme.

É um bom filme e é bem feito. Nada além. Faço das palavras de Pedroca as minhas a respeito do grande vencedor do Oscar no ano. De nada adiantaria prolongar-me.

Agora volto ao tema central de minha coluna. É engraçado observar às vezes o que os tradutores fazem com o título de um filme. Tem cada um, que se você observar o título original fica imaginando de que raios de lugar alguém pode ter tirado o nome em português. Daria um post inteiro para comentar sobre o assunto.

O caso é que em relação a esses dois filmes que escrevo hoje, os tradutores não foram culpados em nada, não empregaram um nome que em nada remete ao original, mas é no mínimo curioso.

O fato é que Matt Damon estrela o filme "The Informant!", nada mais natural que traduzi-lo para "O Informante".

Acontece que no Brasil esse título já existia, era a tradução para o bom filme "The Insider" estrelado por Al Pacino e Russel Crowe. Aqui não fica caracterizado erro algum, insider é uma palavra que não tem tradução livre para o português, quer dizer pessoa bem informada, íntimo, nomes que soariam estranho por aqui. "O Informante" foi bem escolhido.

O que fazer com o filme de Matt Damon então? Talvez por sorte, ele representa um cara um tanto atrapalhado na sua missão de passar informações ao FBI. Que nome melhor que "O Desinformante" então? Boa escolha.

Ambas são baseadas em fatos reais, só para aumentar ainda mais as coincidências.

Matt Damon encarna o homem que já foi o mais alto executivo de uma grande empresa a ser informante do FBI. Acontece que ele acaba falando mais do que devia, se enrolando todo e ai você vai ver o que acontece, é um filme muito bom, que tem ares ainda mais engraçados quando Matt resolve dialogar com seus pensamentos.

A produção de Al Pacino é de 1999, ou seja, mostra um Russel Crowe ainda desconhecido, antes de "Gladiador". São duas grandes atuações. Aqui o papel de informante é de Russel, mas Al Pacino não é um policial, mas sim um jornalista, editor do famoso programa americano 60 minutes, que pretende entrevistar Crowe e escancarar um grande esquema da indústria tabagista.

Não importa com qual informante você ficar, vai fazer uma boa escolha.

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