quarta-feira, 10 de março de 2010

É a Marvada


Pensando no alvoroço causado por Adriano na imprensa essa semana, resolvi escrever esse post.

Tentarei ser direto e reto, deixar minhas opiniões sem muitas firulas, afinal não sou Ronaldinho Gaúcho, mas nem por isso vou à Copa. Essa é também uma tentativa de mudança no meu estilo literário, quero deixar o espaço aqui mais dinâmico e creio que minhas postagens estavam muitas vezes, extensas demais.

É fato notório a briga, já resolvida, entre Adriano e sua noiva em uma favela carioca. Ela chegou até a danificar carros de alguns colegas de Flamengo do Imperador.

É fato notório também que Adriano sempre gostou de suas festinhas e de uma cervejinha.

Mas agora em vésperas de Copa do Mundo, como é que a coisa fica? É o que todos querem saber.

Porque o que ninguém sabe é o que se passa na cabeça do técnico Dunga, tão dura ela é.

Pelo futebol o Imperador merece ir à Africa, tem correspondido quando entra. Para mim, só não vai se estiver realmente fora de forma, ostentando 107 Kg, como alguns veículos andam dizendo.

A questão passa a ser então o tal do comprometimento com a seleção, fator mais alegado por Dunga para justificar algumas de suas convocações em detrimento a de Ronaldinho Gaúcho, ambora não cite especificamente o nome do milanista.

Dunga disse que não quer a farra e os erros de 2006. É ai que o técnico brasileiro falha. Porque se esse incidente custar a Adriano sua vaga na Copa, ele deveria cortar Robinho também, já que há pouco mais de um ano ele estava sendo alvo de um escândalo sexual na Inglaterra, ou só porque é ano de Copa não pode? Vai saber.

Outro problema que surge é o do alcoolismo. Gilmar Rinaldi, procurador do atleta, garantiu em entrevista ao programa "Bem Amigos", que foram feitos exames em sua época de São Paulo que garantiam que Adriano não era dependente químico. Ele só gosta muito, mas consegue viver sem.

O que Dunga fará ainda é um mistério.

Isso tudo, porque com o epísódio me lembrei de outro grande jogador (esse na verdade um monstro) que gostava muito de uma caninha, Garrincha, mas este sim, era alcoolátra, bebia tanto que seu organismo chegou a um ponto que não se tratava mas de um mero capricho, mas de necessidade, se tremia todo quando não ingeria um gorózinho.

O caso Adriano veio à tona justamente quando eu terminava de ler a biografia do anjo das pernas tortas. E se ele não será um Garrincha nos gramados, que não se torne um fora deles também.

Porque todo mundo sabia que Garrincha era gente boa, humilde e de bom coração. Mas nada disso impediu que ele se entregasse a bebida. A diferença é que naquela época não se sabia que o alcoolismo era uma doença, aliás nem se sabia de alcoolismo, achava-se apenas que o cara era safado porque bebia muito. Hoje se sabe o que é, e se o Imperador não se cuidar pode muito bem seguir nesse caminho.

Fica então a recomendação desse livro "Estrela Solitária: Um Brasileiro Chamado Garrincha", que dismistifica diversos mitos acerca do dono da Copa de 62, mostra Garrincha na íntegra, toda sua carreira, suas mulheres, sua cidade, sua infância, seus amigos, sua Elza e mostra também o que é que a marvada pode fazer com uma pessoa.

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