Ontem estive no lançamento destes dois livros.
Saí de lá feliz. Com duas ótimas leituras pela frente.
Ainda vi de perto Joelmir Beting, um monstro do jornalismo, Antero Greco, Carlos Cereto, Marilia Ruiz e Renato Peters, este aliás, estava atrás de mim na grande fila que se formou para pegar os autógrafos dos autores.
Nunca fui de ficar babando ovo de jogador ou artista, eles como todos os profissionais tem seus momentos de folga, e estes devem ser respeitados. Mas confesso que no meio dos jornalistas, profissão que escolhi para ser a minha, com um deles bem ao meu lado na fila, fiquei com um pouco de vontade de tietar.
Mas guardei a vontade para os autores, afinal estes não estavam ali a passeio e já tinha visto uma cena que fez me resguardar um pouco, um jovem aspirante a jornalista só faltou se ajoelhar aos pés de outro e pedir um emprego. Parece que achava que era só chegar em alguém, trocar uma ideia e que o sujeito que nunca o tinha visto antes, muito menos lido alguma coisa sua, iria lhe agraciar com uma oportunidade.
Quando chegou minha vez, confesso que até deu um "friozinho na barriga", cumprimentei os autores, ambos foram muito simpáticos, assinaram uma dedicatória nos meus livros, ainda deu tempo de falar ao Milton Leite que ainda iria trabalhar com ele e mostrar aquele livro assinado e confessar ao Mauro Beting, após este perguntar para qual time eu torcia, que era dele, um palmeirense, o texto que mais me emocionou sobre o Corinthians e ele perguntou, "o do acesso ou o dos 5.000 jogos?" eu timidamente respondi que os dois.
Estar lá, sentir aquele clima, só me fez ter mais certeza do que eu quero.
E mesmo que Mauro Beting não tenha reparado que eu estava com um boné do Corinthians (e ele educadamente se desculpou por isso, "ó, nem tinha reparado", Renato Peters ainda lhe disse que eu havia me comportado de forma exemplar na fila, já que na minha frente estava um palmeirense, típica piada do corintiano maloqueiro), considero ele e Milton Leite dois dos melhores no meio esportivo.
Milton é talvez o melhor narrador da atualidade, seus clássicos "a batiiiida" e "o tiiiiiro", além des suas imitações dos jogadores reclamando com o juiz, conversando com o companheiro, tornam seus jogos ímpares.
Beting não tem nem o que falar, o seu texto do Corinthians que me emocionou (foi o do jogo 5.000) é pouco para descreve-lo. É um dos poucos jornalistas a assumirem o seu time publicamente e ninguém nunca ter tido motivo algum para dizer que defende este ou aquele. Ele, Juca Kfouri, PVC e José Trajano, mesmo torcendo para o pequeno América-RJ, são outros exemplos disso, o que o tornam o Top do Top para a minha humilde opinião.
Por isso recomendo aqui a leitura destes dois livros, eles trazem todos os detalhes sobre as seleções que encantaram o mundo. Comecei lendo o livro do Mauro pelo simples motivo de que considero a Hungria-54 e a Holanda-74 como as duas maiores injustiças do futebol, mas é também por isso que é o esporte que apaixona.
Não é preciso moderação para apreciar essas duas obras, apenas paixão.
Baba ovo!!
ResponderExcluira grande injustiça do futebol foi a libertadores de 99!
Abraço!!